O diagnóstico do Lúpus e suas complexidades

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Procurar o médico certo

É muito importante buscar um médico ao surgimento dos primeiros sinais e sintomas. O médico reumatologista é o profissional mais adequado para auxiliá-lo nessa jornada e ter o diagnóstico preciso, além de apoiar todo o processo de investigação que pode levar de um a cinco anos (em média).

Compreensão dos sintomas

Contar com um especialista nas fases de descoberta e compreensão da doença é essencial, visto que os sintomas mais aparentes, como fadiga, cansaço, febre e perda de peso, assemelham-se aos de outras enfermidades, assim como as diferentes manifestações, que podem acometer diferentes órgãos do corpo e surgir novamente com o tempo.

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Odirlei André Monticielo

“O que acontece é que, no SUS, a porta de entrada é a unidade básica, o postinho do bairro. E, com a variedade de sintomas, nem sempre o médico generalista vai pensar no Lúpus em primeiro lugar. Portanto, a combinação de educação médica e divulgação para municiar o paciente de informações é fundamental na luta contra a doença”.

Odirlei André Monticielo, médico reumatologista consultado (CRM RS 27199/RQE 18832), professor de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e membro da comissão de lúpus.

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Com vocês, o Reumatologista

O reumatologista é o especialista que cuida do diagnóstico, tratamento e acompanha o paciente ao longo do quadro clínico evolutivo do Lúpus. Esse profissional se atenta para as dosagens medicamentosas, sempre tendo em vista a qualidade de vida e o bem-estar do paciente.
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Passo a passo do diagnóstico

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Em geral, o diagnóstico tem início com a mulher jovem que apresenta ao seu médico a queixa de febre, lesões de pele, dores articulares, fotossensibilidade, perda de peso e anemia, além de fadiga e desânimo. No entanto, outras manifestações também podem ser apresentadas na doença. O especialista, então, desconfia do Lúpus, mas não existe atualmente um exame que comprove a doença. Por isso, o diagnóstico é uma soma entre o histórico do paciente, a análise clínica dos sintomas e exames laboratoriais que indicam a incidência de autoanticorpos no organismo.

Conheça mais cada um deles:

Histórico
A história do paciente e de sua família é um dos pilares para o diagnóstico do Lúpus. É realizada a anamnese no paciente, que consiste em entrevista e exame físico. Além de questionar sobre familiares que tiveram ou ainda lutam contra a doença, o médico especialista precisa saber os principais sintomas característicos do Lúpus e também se em algum momento eles deixaram de se manifestar. Após um histórico bem detalhado e a realização da anamnese pelo médico, testes laboratoriais são indicados para descartar outras doenças.
Pontuação por Sintomas
O diagnóstico de Lúpus pode ser pré-definido ou até mesmo fechado (de acordo com cada caso) por meio da pontuação dos sintomas. Diversas são as estratégias utilizadas pelos especialistas, que vão de escalas de gravidade da doença e acometimento de órgãos, até a qualidade de vida e emocional dos pacientes.
DOSAGEM DE EXAMES DE AUTOANTICORPOS (FAN)
O teste de fator de anticorpos antinucleares (FAN) é o principal exame laboratorial indicado pelo médico para auxiliar no diagnóstico de detecção do Lúpus. Ele é realizado por meio de amostra de sangue do paciente. Esse exame apresenta as taxas de autoanticorpos presentes no sangue. Outros exames são a elevada dos autoanticorpos chamados anti-DNA nativo e anti-Sm que podem sugerir a manifestação do Lúpus Eritematoso Sistêmico. Porém, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, essas alterações são mais recorrentes entre 40% a 50% das pessoas com LES. Portanto, um painel mais detalhado pode ser solicitado para auxiliar no diagnóstico preciso.
EXAMES DE SANGUE E URINA
Podem ser solicitados pelo médico para identificar se há sinais de atividade da doença, entre eles anemia, baixa de plaquetas, disfunção renal, acometimento de alguns órgãos, complicações associadas à doença, entre outros.
Fontes: Colégio Americano de Reumatologia (American College of Rheumatology); Sociedade Brasileira de Reumatologia.
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É possível conviver bem com Lúpus

Veja um resumo do acompanhamento fundamental para controle de remissão da doença.

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12 meses
(Privado)

4 anos
(Público)

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Dor articular

Problemas na pele/feridas

Outros sintomas

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Reumatologista

Avaliação técnica

Exames laboratoriais

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Lúpus leve
(50% dos casos)

Lúpus moderado
(30% dos casos)

Lúpus grave
(20% dos casos)

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Tempo é fundamental

Quanto maior a jornada ao diagnóstico, maior tende a ser o comprometimento do paciente.

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Remissão monitorada

Mesmo com a doença sob controle, em remissão, o paciente precisa de acompanhamento médico.

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O acompanhamento é fundamental para controle de remissão.

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